Bolsonaro gastou mais de R$ 4 milhões no cartão do governo em dias de folga
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por Bahia Notícias,
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 4,3 milhões em compras pagas com cartões corporativos durante os feriados e recessos que aproveitou em seus quatro anos de gestão. A informação foi analisada pelo jornal O Globo. O Globo analisou os dados referentes a 66 dias de folga em 16 viagens feitas pelo então presidente entre 2019 e 2022. No cálculo estão incluídos pagamentos feitos por servidores do Palácio do Planalto que chegaram antes de Bolsonaro às cidades onde ele ficaria hospedado. Os maiores gastos nas viagens do ex-presidente foram com hospedagem, totalizando R$ 2,5 milhões. Na sequência, aparecem as rubricas de alimentação (R$ 1,1 milhão) e combustíveis e lubrificantes (R$ 392 mil). De acordo com a publicação, foram considerados apenas os gastos pagos com o cartão corporativo. A remuneração pelas diárias dos funcionários destacados para acompanhar o ex-presidente não foram calculadas. Os gastos de Bolsonaro são quase todos referentes a passeios de moto e jet ski em praias do Guarujá (SP) e de São Francisco do Sul (SC). Além do Guarujá e de São Francisco do Sul, Bolsonaro também passeou em Salvador (BA) e em Eldorado Paulista, cidade do interior de São Paulo. Do total gasto, R$ 3,7 milhões foram desembolsados nos dias em que Bolsonaro esteve nessas cidades ao longo de seu mandato. Outros R$ 593 mil foram gastos nos dias seguintes à estada do ex-presidente pelos assessores que o acompanharam. A viagem mais cara da lista foi o réveillon do ano passado em Santa Catarina: R$ 633 mil só em despesas pagas com o cartão. Na ocasião, Bolsonaro foi criticado por curtir a praia em sua terceira viagem a São Francisco do Sul em um momento em que cidades da Bahia enfrentavam situação de calamidade por conta de alagamentos provocados por fortes chuvas. Os dados foram publicados pelo governo Lula. A discriminação de produtos ou serviços adquiridos segue indisponível na internet, mas as notas fiscais foram liberadas para a agência Fiquem Sabendo, especializada em Lei de Acesso à Informação.
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