Sem limpeza diária, unhas podem alojar vírus e colônias de bactérias
por Erem Carla
Higienizar as mãos com maior frequência tornou-se hábito de toda população com a chegada da pandemia causada pelo Covid-19. A maneira correta que essa limpeza deve ser feita foi propagada diversas vezes visando evitar o contato do vírus com o rosto. Mas participantes especiais das mãos nessa rotina de limpeza não podem ser esquecidas: as unhas. O espaço que existe entre as unhas e os dedos pode acumular o que os especialistas chamam de colônias de bactérias, que são capazes de causar diversas infecções. De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia na Bahia, a dermatologista Ana Lísia Giudice, a higienização das unhas deve ser feita junto à lavagem das mãos, e o uso de sabonetes antissépticos e escovas macias para auxiliar nessa limpeza deve ser considerado. “A higienização é importante para evitar a colonização com bactérias ‘ruins’ que agridam nossa flora e se aproveitem de pequenas fissuras, causando infecções de pele”, explica . Essa “sujeirinha” que fica aparente nas unhas, além de não higiênica, pode ser responsável por causar infecções na pele, olhos, vias aéreas, garganta e até mesmo vias urinárias, pois são partes do corpo que mais recebem a presença das mãos. Para aqueles que além de acumular as bactérias ainda as levam à boca roendo as unhas, os riscos de infecções são ainda maiores. Bactérias como os estafilococos, microrganismos que causam infecções de pele e algumas vezes pneumonia, endocardite e osteomielite, podem ser ingeridas neste ato. “Coliformes fecais, parasitas intestinais, amebas, giardia lamblia [que tem como principal sintoma a diarréia], além dos vírus”, explica. O vírus da Covid-19, o enterovírus, a herpes simples e o Papilomavírus Humano (HPV) também podem ficar armazenados entre a unha e o dedo. Para prevenir essas infecções, a especialista recomenda manter as unhas quadradas e curtas, visando evitar o encravamento, além de manter pés e mãos secos e higienizados.
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