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Butantan inicia produção da Coronavac

 
Foto: reprodução / ilustração 

O Instituto Butantan iniciou a produção da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, no âmbito de uma parceria entre a empresa e o governo de São Paulo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10/12) pelo governador João Doria (PSDB), num momento em que alguns países já deram a largada para o uso em massa de imunizantes contra o coronavírus, e enquanto o Brasil vive um clima de disputa entre o governo federal e o paulista. "Foi iniciada ontem a produção da vacina Coronavac aqui em São Paulo. É a produção brasileira do Butantan, que está fabricando com insumos que vieram da Sinovac. Um momento histórico que orgulha todos nós, brasileiros", disse Doria em coletiva de imprensa no instituto. A produção será feita em turnos sucessivos, 24 horas por dia, sete dias por semana, com a meta de alcançar a capacidade máxima de até 1 milhão de doses por dia. A fábrica do Butantan, localizada na zona oeste de São Paulo, tem 245 profissionais, enquanto 120 novos funcionários deverão ser contratados para reforçar a produção da vacina contra o coronavírus, anunciou Doria. Segundo o governador, o primeiro lote produzido terá aproximadamente 300 mil doses. Até janeiro, o governo de São Paulo prevê que tenham sido fabricadas 40 milhões de doses da vacina, além das 6 milhões a serem enviadas pela Sinovac, já prontas para uso. Os números já constavam no acordo firmado em setembro entre a empresa chinesa e o Butantan, ligado ao governo paulista, que prevê a compra e a transferência de tecnologia para o instituto. Até agora, São Paulo já recebeu da Sinovac um total de 120 mil doses prontas para uso, além de insumos para a produção de 1 milhão de doses, a serem envasadas no Butantan. Estudos de fases 1 e 2 realizados na China demonstraram que a Coronavac é segura e não provoca efeitos colaterais graves nas pessoas vacinadas. O imunizante, contudo, ainda está passando por uma terceira e última fase de testes, que vai revelar se ele é eficaz – ou seja, se de fato protege contra o coronavírus. Os ensaios clínicos já vêm sendo desenvolvidos no Brasil desde julho. O governo paulista espera que os resultados da fase 3 sejam divulgados ao público já na próxima semana. Se os números forem favoráveis, o estado planeja pedir imediatamente a aprovação da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na segunda-feira, Doria havia anunciado um plano estadual de vacinação, prevendo o início da campanha já em 25 de janeiro de 2021, embora isso dependa do aval da Anvisa. Segundo a estratégia do governo paulista, profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos e indivíduos vulneráveis como indígenas e quilombolas terão prioridade na imunização. A Coronavac requer a aplicação de duas doses, e ambas serão gratuitas no estado. EK/abr/ots


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